Química da Vida quarta-feira, 28 de abril de 2010

O carbono é um elemento químico muito importante no nosso dia a dia, está presente em nossos corpos, na nossa alimentação, nos nossos utensílios domésticos, combustível, ar, etc.. Esse elemento possui várias formas, como por exemplo o CO2, HCO3 + CO3-2, CaCO3 e C. E pode estar na atmosfera, água, sedimento e na biota, concomitantemente. Sendo que cada forma ocupa um compartimento do ecossistema, porém esse elemento pode “fluir” de um compartimento para o outro e sua forma modificar-se. E vocês sabem quanto tempo demora para o carbono sair de um compartimento e ir para outro? Isso irá depender de qual compartimento ele está e para qual ele irá, ele pode demorar alguns minutos em um e séculos em outros.
Vamos ao ciclo
O ciclo do carbono era equilibrado pelo processo de respiração, no qual as plantas absorvem CO2 atmosférico e que posteriormente é “transformado” em açúcares, que podem servir de alimento para os animais ou voltar para a atmosfera através do processo de decomposição da matéria orgânica e parte da matéria orgânica era depositada e iria formar nos dias atuais os combustíveis fosseis, que são reservatórios de carbono que não estão no ciclo rápido. Como na figura 01.

Figura 01: Ciclo do carbono antes da revolução industrial


Contudo, após a revolução industrial com o passar da utilização dos combustíveis fosseis e com grande desmatamento das áreas florestais esse ciclo modificou-se, como pode ser observado na figura 02.
Figura 02: Ciclo da carbono após a revolução industrial

Com a queima de combustível fóssil estamos interferindo muito nesse ciclo. Na Amazônia, as queimadas causam uma exarcebada liberação de CO2 na atmosfera, esse gás contribui com 60% para o aquecimento global e reduz a quantidade de carbono armazenado nas plantas. Na década de 90 a concentração de CO2 aumentou de 270 ppm para 350 ppm e segundo o IPCC a concentração atual é de 370ppm, representando 30% a mais que em 1750 e as principais causas dessa mudança são a queima de combustíveis fósseis, mudanças no uso das terras e queima de biomassa. Todas fortemente antropogênicas! Como pode-se notar, a diferença mais marcante e significativa fica por conta da inclusão de uma série de atividades, impostas pelo homem no período pós-industrial, que dependem fundamentalmente da energia retirada de estoques de Carbono, mais estáveis, como o fóssil e o carbono contido nos solos orgânicos, definindo uma disponibilidade de enormes quantidades desse Carbono para a atmosfera, sem contudo proporcionar sua recuperação para reposição dos seus estoques de origem ou outros estoques alternativos.
Temos no video abaixo os processos explicados detalhadamente.






Podemos observar o processo da respiração, que seria o ciclo rápido e o processo de deposição de matéria orgânica nos sedimentos que seria o ciclo longo, como se pode notar, o carbono que é depositado está “fora” do ciclo, contudo, nós estamos fazendo com que esse carbono retorne ao ciclo e também estamos desmatando e auxiliando para a liberação do carbono que estava retido nas plantas, e com isso, estamos aumentando o efeito estufa.
Então pessoal, vamos diminuir o consumo de combustível fóssil e o desmatamento, para minimizar a liberação de CO2 na atmosfera.


Referências:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_do_carbono
http://www.portalsaofrancisco.com.br/
http://qnint.sbq.org.br/
http://www.qmdmt.cnpm.embrapa.br/13.htm
Ricklefs, R. A Economia da Natureza. 3º ed. Guanabara Koogans S. A, Rio de Janeiro, RJ, 1996
Towsend, C, R. Begon, M. e Harper, J. L. Fundamentos em ecologia. 2ª ed. Artmed, Porto. Alegre, RS, 2006.